segunda-feira, 17 de maio de 2010

Tribuna Vereador Alcides Campos Lara

A ensolarada manhã do dia oito de maio de 2010 ficará marcada na história da Câmara Municipal de Passa Tempo-MG pela homenagem ao ex-vereador (por dois mandatos) e grande cidadão Alcides Campos Lara (1923-1997). A partir da iniciativa do vereador Orides Alves dos Santos, os vereadores aprovaram a alcunha do homenageado para dar nome à Tribuna Livre da casa legislativa municipal. A cerimônia contou com a presença maciça dos familiares de Alcides, além de amigos e autoridades locais. Momento marcante do encontro foi a exibição de um vídeo mostrando a história do ex-vereador, que não nasceu em Passa Tempo , mas escolheu a Cidade Aconchego para viver. Estrearam a Tribuna: o vereador Ricardo Lara (filho, em primeiro mandato, que herdou os genes políticos do pai), a Sra. Aparecida Lara e Marcos Campos (filhos), além do ex-prefeito Renato, que deram mais detalhes sobre a vida e atuação política do homenageado.






Vídeo de Homenagem à Cerimônia da Tribuna Alcides Campos Lara

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Maravilhas modernas, por Caio Lara

Muitas vezes a tecnologia assusta as pessoas mais simples. Outras vezes, causa nelas um fascínio assustador. Foi o que ocorreu com o matuto Tonho, em viagem para visita a seu filho na capital do Estado do Rio de Janeiro.
Na ocasião, foi recebido com entusiasmo pelo primogênito, que era um bem sucedido empregado de uma grande construtora.
_ Pai, que bom que o senhor veio!
_ Ora, já não via a hora de acabar a viagem. Êta ônibus duro, sô!
_ Pois já que o senhor chegou, vou lhe preparar um suco na nova máquina que eu comprei. É aquele da Bolishope, que passa na televisão.
_ Faiz mesmo, fio, que o véio aqui tá morrendo de sede com esse calor horroroso.
Foi aí que Reinaldo pegou a caixa com o “fabuloso Juicer Filipis Valita” e começou a montar as peças do eletrodoméstico, de design sofisticado em aço escovado. Sob o olhar desconfiado de Tonho, contou as vantagens do produto:
_ Pai, esse negócio aqui separa o suco dos resíduos e garante o aproveitamento da fruta inteira. É bagaço pra lá e suco pra cá. Faz suco até de beterraba e mandioca.
_ Mais quem é que vai bebê suco de beterraba e mandioca? – retrucou o roceiro.
_ Pai, é só modo de falar... quer dizer que a máquina é boa, bem forte.
_ Ah, tá. Então explica direito, sô!
_ E tem mais: ele aproveita ao máximo os nutrientes e vitaminas. A máquina processa direto da fruteira para o copo sem cortar e sem descascar em apenas trinta segundos. E tem várias velocidades!
_ Fio, mais que trem mais importante, sô! – exclamou impressionado o matuto. Eu tenho é que arrumá um negócio desse lá pra roça. Será que faiz suco de laranja serra d´água?
_ Se faz até de abacaxi com casca, não é uma laranjinha que vai fazer ele parar. Faz com casca e tudo.
Tonho, homem simples demais da conta, ficara fascinado com o tal do juicer. Imaginava como aquilo não havia sido inventado antes; ou quanto tempo e esforço gastara em vão descascando as frutas de seu pomar para fazer suco para as visitas. Teve a mesma sensação de quando viu a lâmpada ascender ou de quando ouviu o rádio cantar pela primeira vez.
_ Pai, chega pra cá pro senhor ver a tela plana nova que eu comprei – disse Reinaldo, filho de Antônio.
_ Mais que belesura, hein fio! Cadê o resto da televisão?
_ Que resto, pai? Deixa de ser jacú da roça! A televisão tá intera aí na sua frente. Ela é curta porque é de LCD, uma tecnologia nova que inventaram aí.
_ Elecedê? Eu tô vendo só o vidro aqui, uai!
Após conhecer todas as novidades do mundo moderno e de passar uns dias na Cidade Maravilhosa, Tonho resolveu voltar para o seu aconchego, a cidade de Passa Tempo. De tudo o que viu, o que mais lhe tocou, sem dúvida, foi a maquininha de fazer suco. Seu filho, percebendo o interesse do matuto em possuir tão refinado bem, lhe propôs o seguinte:
_ Pai, eu posso comprar um juicer pro senhor no meu cartão de crédito. São só dezessete prestações de R$ 39,90. Daí o senhor manda depositar na minha conta todo mês. Além disso, os correios entregam em qualquer lugar do Brasil, até lá na roça.
_ É só trinta e nove por mês, né fio? Acho que num vai apertá não porque eu tô com uma ninhada de leitão pra vendê.
Acertada a compra, partiu Antônio para sua terra. Passados alguns dias de sua chegada, finalmente o serviço postal entregou a valiosa encomenda. Não se conteve de alegria e, eufórico, foi logo mostrando o artefato para a sua companheira, mulher pra lá de esperta.
_ Benhê, vem cá procê vê o trem que eu comprei lá do Rio de Janeiro. Óia que coisa mais linda!
_ Pra que que serve isso daí? Quanto que custô?
_ É pra fazê suco. É bagaço pra lá e suco pra cá. Foi baratinho: só trinta e nove por mês, que eu vou depositá na conta do Reinaldo. Se cada mês eu vender um leitãozinho dá pra pagá.
_ Mas Tonho, são trinta e nove por quantos meses?
_ Uns quinze, eu acho.
_ Tá escrito aqui no papel que são dezessete prestações. Você calculou quanto que essa coisinha vai te custar no fim das contas?
_ Não, mais deve de sê barato. Senão o Reinaldo num tinha falado pra eu comprá.
_ Seu trouxa, isso tá te custando quase setecentos reais!
_ Setecentos reais?! – esbravejou o homem da roça. Meu Deus, onde que eu vou arrumar leitão pra pagar isso tudo?
_ Mas pelo menos essa coisa presta, né? – perguntou a mulher.
_ É uma beleza. Vamo pegá o que tive de fruta aí pra eu te mostrar. É bagaço pra lá, suco pra cá.
Tonho então pegou um abacaxi, daqueles de massa amarela, e umas laranjas serra-d’água colhidas de seu pomar. Para seu desespero, ao colocar o abacaxi todo em pedaços, da máquina saiu apenas um copo de suco. Sua companheira não se conteve:
_ Pra ter “essa coisa” tem que ser homem rico. Gasta um caminhão de abacaxi pra fazê um litro de suco.
_ Deve de ser o abacaxi que não tá bão. Vamo fazê com as laranjas. Nem precisa de descascar, óia procê vê.
O matuto enfiou as laranjas no “fabuloso” juicer. Dessa vez saiu mais suco. Mas ao provar, nova decepção:
_ Meu bem, travou! Travou a garganta. O suco num tá bão. Num é possível que o Reinaldo me passou pra trás.
_ Seu trouxa, o Reinaldo deve ter te mandado a maquininha dele. A caixa nem veio com o plástico. Trouxa...
_ Eu vô é jogá esse trem lá no abismo! Junto das cocotas!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

RICARDO LARA E O CHEFE DO GABINETE MILITAR

O VEREADOR DE PASSA TEMPO, RICARDO LARA E O CHEFE DO GABINETE MILITAR DO GOVERNADOR DE MINAS GERAIS, CEL MARTINS, DURANTE A SOLENIDADE DE PASSAGEM DE COMANDO, DIA 12 DE ABRIL, NO AUDITORIO DO BDMG EM BELO HORIZONTE.

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